As escolas de samba do Rio de Janeiro trouxeram muitas inovações, truques e tecnologias para os desfiles de carnaval deste ano na Sapucaí. Tapete com LED, telões, drones e até paraquedistas foram usados nas alas e alegorias consagraram a era do “carnaval high-tech”.
PORTELA: PARAQUEDISTAS E DRONES
Telões, drones, estátua em movimento. A tecnologia foi a marca do desfile da Portela. Marcos Valcon, vice-presidente da escola de Madureira, é um dos grandes entusiastas de aproveitar a modernização na Marquês de Sapucaí. Ele opinou que a “águia redentora”, que se abaixou para não se chocar com a torre da avenida, “vai marcar o carnaval 2015”. O monumento de 26 metros foi o maior já construído pela escola.
“A palavra-chave da Portela é: ‘quem ousa vence’. O componente da Portela perdeu o medo de vencer”, afirmou.
“A tecnologia existe de todas formas. Existe na medicina, no automobilismo e por que não no carnaval? A Portela é sempre a pioneira em alguma coisa. Não tenha duvida de que, aproveitando o avanço da tecnologia, a Portela vai caminhar de mãos dadas com ela para que o público conheça essas novidades”, disse.
A Portela surpreendeu o público com um grupo de quatro paraquedistas que saltaram de um helicóptero e pousaram em plena Sapucaí. “Foi o melhor salto que eu fiz, a mais emocionante que eu fiz em toda a minha carreira de paraquedista foi aqui na Sapucaí”, contou Arthur Zanella, que se preparou por sete meses para o salto.
A escola usou drones para trazer inovações em suas alegorias. O carro que representava o Maracanã teve três bolas-drone que sobrevoaram as arquibancadas. A águia-drone do ano passado apareceu de novo na Sapucaí. “A gente fez novos motores e hélices para ter mais tempo de voo e melhorar a autonomia”, disse Gabriel Klabim, responsável pelo drone da águia. Gabriel disse que o equipamento pode atingir 500 metros de altura, mas por questão de segurança eles preferiram mantê-la baixa.
UNIDOS DA TIJUCA: FANTASIAS DE LED
A Unidos da Tijuca foi mais contida nas inovações tecnológicas, mas trouxe componentes fantasiados de cofre e uma retratando o acelerador de partículas, com fantasias compostas de luzes de LED de diferentes cores.
A escola também fez uma pista de gelo no carro abre-alas com patinadores que atravessaram a Sapucaí deslizando.
Teve ainda um carro que soltava neve com espumas de sabão.
BEIJA-FLOR: MÁSCARA COM CONTROLE REMOTO
A comissão de frente da Beija-Flor teve bailarinos fantasiados de guerreiros munidos de lança e escudos.
Em formato de máscaras, os escudos causaram impacto ao trazer movimentos de expressões faciais, comandados por controle remoto.
As máscaras abriam os olhos e a boca de acordo com o movimento feito à distância por um especialista.
SALGUEIRO: COBERTOR DE LED
A comissão de frente da escola usou um cobertor com centenas de luzes de LED que fazia projeções. O item pesava 100 kg e exigiu força e coordenação dos componentes da comissão.
As luzes ajudaram a criar o efeito de um índio que se transforma em Nossa Senhora. Em seguida, o cobertor foi usado pelos integrantes para mostrar efeitos de luz e ainda formar a bandeira do Salgueiro.
Outras alegorias tinham luzes estroboscópicas, efeitos holográficos, neons e espelhos. A bateria da escola trouxe ritmistas vestidos de chefs. Alguns usaram frigideiras, caçarolas e colheres de pau como instrumentos.
MOCIDADE: FOGO NOS INTEGRANTES
A Mocidade Independente usou chamas no corpo dos integrantes da comissão de frente e ousou ao interagir com um casal de mestre-sala e porta-bandeira, ateando inclusive fogo na saia da porta-bandeira.
A comissão de frente ousou ao interagir com um casal de mestre-sala e porta-bandeira, cuja saia também ficou em chamas na avenida. Um carro também usou a tecnologia para mostrar imagens projetadas por telões de led.
Integrante da comissão de frente da Mocidade ‘pega fogo’ durante desfile; carnavalesco Paulo Barros levou novo efeito especial para a Sapucaí (Foto: Alexandre Durão/G1)
MANGUEIRA: TELÃO
A Mangueira não teve uma comissão de frente com uso de tecnologia, como outras escolas, e apostou em um telão que projetava imagens de mulheres mangueirenses. Mas o aparelho apagou várias vezes, deixando a alegoria com um grande quadrado preto.
Fonte:http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/carnaval/2015/noticia/2015/02/escolas-aliam-tecnologia-desfiles-e-consagram-era-do-carnaval-high-tech.html