Os fundamentalistas querendo cercear a liberdade de expressão em Paris, praticam barbárie e chocam o mundo.
Um caso para se pensar sobre esse ataque na sede da revista “Charlie Hebdo”.
O presidente francês François Hollande, num pronunciamento ao país afirmou que o terrorismo não atingirá a liberdade.
Afinal, o que é liberdade? O mundo clama por liberdade. Liberdade de imprensa! Liberdade de expressão! Liberdade de escolha do que fazer com a sua sexualidade, mas, afinal, o que é liberdade? Será que a liberdade é algo assim tão absoluto que se encontra acima do bem e mal e lhe assegura o direito de agir fora dos valores legais? E os direitos, ética e moral não cabem nesse bojo? A liberdade tem ou não tem limites?
Esse ataque a sede da revista “Charlie Hebdo” é um caso para pensar se o livre-arbítrio da imprensa não tem comprometimento com a ética, com o respeito e para com a moralidade. Todo indivíduo, imprensa ou grupo tem o direito de ser livre, desde que essa liberdade não atropele os princípios éticos legais praticados no seio de uma sociedade organizada.
Atualmente, como é praticado, o direito à liberdade tem que ser repensando.
Os negros, os homossexuais se organizam e exigem por lei, limite na liberdade de expressão, no que se restringe a divulgação de matéria discriminatória. Os religiosos, fundamentalistas ou não, também tem esse direito, nunca lhes foram negados, de exigir por lei, não através da crueldade, seriedade e respeito da imprensa e reflexão maior no conteúdo da matéria, quando este carrega em si cunho discriminatório e denegridor de suas crenças, de suas ideologias. O que não é aceitável, é a forma brutal e sangrenta, como foi e é praticada, por esta ou aquela facção fundamentalista para inibir a liberdade de expressão. O mundo não aceita mais barbárie como essa praticada na sede da revista “Chalie Hebdo”, com o propósito de silenciar a imprensa, de calar o mundo.
Que os culpados sejam capturados, julgados e condenados. Que a morte desses chargistas e jornalistas não sejam em vão. Que a sociedade reflita sobre o terrorismo praticado no mundo e reflita também sobre a liberdade de expressão da imprensa satírica, especialmente, essa que foi alvo de ataque na manhã sangrenta de quarta-feira(7) em Paris.
(Por: Zé William)