Brasília- A família e assessores de Eduardo Cunha já haviam deixado tudo pronto para receber o novo presidente da Câmara domingo à noite, logo depois de concluída a eleição.
Uma festa de arromba com mesas iluminadas com velas, garçom circulando com uísque, champanhe, vinho. Dois bufês com massa e risoto de camarão. Mas o cardápio principal era o de “pérolas” e impropérios contra a presidente Dilma Rousseff, seu staff e o PT.
O público da festa era majoritariamente membros do baixo clero. O pastor Everaldo (PSC), ex-candidato à Presidência da Republica, conversava discretamente sentado em uma mesa próxima à de Cunha e sua família.
Já o ex-candidato à Presidência Levy Fidelix (PRTB) soltava pérolas para quem quisesse ouvir: “ A vida de Dilma vai ser um inferno. Vai vir impeachment”, disse, apesar de Cunha se dizer, horas antes, contrário à saída da presidente. “Ela vai ser “Impeachada” e quem vai assumir é o Temer, em nove meses, profetizava.
Na fila do bufê, comentavam que o novo presidente precisou ir ao banheiro para falar ao telefone com privacidade. Conversou com o vice-presidente Michel Temer.
Já era madruga e Cunha continuou na festa. Na segunda-feira,2, já estava a postos no Supremo Tribunal Federal(STF) para o início dos trabalho do Judiciário.