“Esses Nordestinos desgraçados, só pensam em trepar e entupir a casa de filho para ganhar o Bolsa Família.”
Quanta estupidez, pai eterno! Quem maldiz o Nordestino dessa forma, não sebe que essa gente, assim que aprende a caminhar, já empunha a enxada e acompanha os pais na lida agrícola.
“Esses “Fí Duma Égua” elegeram a Dilma pensando no próprio bem!”
E quem votou em Aécio foi por motivo diferente?
Sei não, viu? As pessoas estão ficando é besta. Tudo mundo surfando no mar da mentira como se na verdade estivesse.
Uma cambada de hipócritas, desditosos de uma figa, que culpam os outros pelo seu próprio infortúnio.
Quem, na nossa sociedade, move sequer um dedo sem querer algo em troca? Quem?
Desde o início dos tempos até o presente, o homem sempre olhou somente para si mesmo. Por isso que a nossa sociedade é a que é, essa porcaria.
O que tem feito o homem dar fortuna para as igrejas? O que motivou? Deus? Excesso de fé ou porque queria recompensa do céu?
Rico ou pobre, ninguém dá ponto sem nó, todos olham somente para si. O cabra tá sempre em busca de recompensa, quer sempre algo em troca.
O desgraçado do fiel arranca o couro do joelho de tanto rezar, na espera que alguma coisa de bom aconteça, que uma entidade, em troca, lhe dê alguma coisa, um carrão potente, uma esposa mais carinhosa, menos chata e mais bonita, aumento de salário, casa própria, qualquer graça, algo em que possa confiar, em que se possa agarrar para sair do sufoco.
O toma lá dá cá tem sido o tom da nossa história. Temos sido cínico a vida toda e nunca paramos para questionar os próprios pensamentos, a própria consciência, as próprias dores, sofrimento e todas as encrencas da nossa vida.
Todos nós, indiscriminadamente, se move uma palha é em busca de uma recompensa.
A sociedade somos nós. Para que tenhamos uma sociedade melhor, uma sociedade diferente dessa que aí está, temos que dar o primeiro passo, temos que buscar o erro e corrigi-lo. Temos que reorganizar os móveis, mudar o quadros da parede na tentativa de colocar a casa em ordem, essa casa somos nós mesmos. É isso!
(Por:Zé William)