Em Vitória da Conquista, mais de cem caminhões pararam no Posto Pé de Serra, na Rio/Bahia, no km 828. No ponto interditado tudo transcorria em clima de paz. Os manifestantes estavam liberando veículos de passeio, ônibus, carga viva e de remédio, além oxigênio de hospital, segundo um dos líderes do movimento o caminhoneiro Sr. Ricardo, proprietário de caminhão.
Mas, parece que a mídia televisa tirou o dia de hoje para enfraquece o movimento. No programa “Mais Você”, Ana Maria Braga abriu o programa anunciando o fim da greve, veio desmentir somente no segundo bloco.
A Rede Globo, no “Jornal Nacional” dessa Sexta, 25, desceu a ripa no “Movimento Grevista dos Caminhoneiros” colocando a sociedade contra a manifestação. O âncora do jornal afirmou haver um conluio entre as grandes transportadoras para forçar a paralisação dos caminhoneiros, no sentido de aumentar o lucros de suas empresas com a redução do preço do óleo Diesel.
Na realidade, não existe uma organização que possa ser apontada como líder da paralisação, a proposta de greve começou a circular de forma espontânea em redes sociais e grupos de WhatsApp de caminhoneiros. Quer dizer, começou com os autônomos. Mas, como a situação está ruim para todos, as empresas (e os motoristas contratados por elas) também aderiram. Aí, então, outros sindicatos de caminhoneiros se juntaram aos protestos ao longo do dias, como a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) e a União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil (Unicam) e o movimento acabou ganhando força com a participação de caminhoneiros de frota também.
Como o burburinho era forte, e a iminência de greve inevitável a “Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos” (CNTA), providenciou logo alertar o governo da possibilidade de uma paralisação da categoria. No dia 16 de maio, a CNTA apresentou um ofício ao governo federal pedindo o congelamento do preço do óleo diesel e a abertura de negociações, mas foi ignorada. No dia 18 (última sexta-feira), a organização lançou um comunicado em que mencionava a possibilidade de paralisação a partir de segunda-feira, o que de fato ocorreu.
Nas reivindicações da categoria, destacam-se quatro mais urgentes: redução do ICMS sobre o diesel pelos estados, suspensão da cobrança de pedágio sobre eixo suspenso de caminhões vazios, votação no Senado do projeto de lei que trata sobre a pauta mínima do frete e também a votação o mais rápido possível do projeto para extinguir a cobrança de PIS/Confins sobre o óleo diesel.
Por outro lado o governo prometeu: Além da redução do valor pago pelo litro de óleo diesel por um período de 30 dias, o Planalto se comprometeu a assegurar a previsibilidade em eventuais reajustes para pelo menos 30 dias de antecedência. A tabela de frete será reeditada a cada três meses e não haverá reoneração da folha de pagamento do setor de cargas. Ações judiciais e multas aplicadas aos caminhoneiros em decorrência da paralisação também serão negociadas.
Ocorre que nove entidades assinaram o acordo com o Governo Federal, inclusive a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA). Em nota, a CNTA informou que assinou o acordo para garantir que as propostas seriam mantidas caso a categoria as aceitasse.
Enfim, não somente a sociedade como os trabalhadores estão abandonados à própria sorte, porque, sindicato ou entidade que os representam conspiram contra assinado documento que não atende aos anseios da classe.
Fonte de pesquisa: https://www.terra.com.br/