O empresário Mauricio Macri, 56, é oficialmente o novo presidente da Argentina. Às 23h56 (horário de Brasília), com 95,35% dos votos apurados, Macri tinha 51,81%(12.524.711 votos), e Scioli, 48,19% (11.648.131 votos), segundo a comissão eleitoral. Scioli já reconheceu a derrota.
Ex-presidente do Boca Juniors e atual prefeito de Buenos Aires, Macri é filho de um dos mais ricos e conhecidos empresários do país. Engenheiro de formação, ele se apresentou durante toda a campanha presidencial como ‘verdadeira mudança’. Sua vitória rompe com um ciclo de 12 anos de presidentes de centro-esquerda, que começou com Néstor Kirchner em 2003 e continuou com sua mulher, Cristina Kirchner, em 2007.
Esta também é a primeira vitória, desde 1916, de um civil que não pertence ao partido peronista e nem ao social-democrata, as duas grandes forças populares do país.
Conservador, Macri prega a abertura de investimentos estrangeiros e pretende diminuir a inflação para um dígito em dois anos. Pretende criar uma agência nacional para combater o crime organizado e promete uma verdadeira guinada nas relações com os países vizinhos. Entre suas ideias está a de deixar o que chama de ‘eixo-bolivariano’ e fazer com que o Mercosul exclua a Venezuela com base na cláusula democrática.
Macri também pretende voltar a priorizar as relações com os Estados Unidos e a União Europeia e revisar a aproximação da Argentina da China e Rússia.
Já ciente da vitória, Macri fez um emocionado discurso. “Me ajudem a encontrar esse caminho. Esse país é um dos países do mundo com mais espírito empreendedor, e a razão é que nossos avós e pais cruzaram o oceano, sem Facebook nem Twitter e sem saber o que iam encontrar. Eles construíram uma etapa maravilhosa do país.”
Apesar do discurso otimista, o novo presidente da Argentina terá que mostrar muita habilidade política para construir alianças em um Congresso de maioria kirchnerista. Macri assume o governo da Argentina no próximo dia 10 de dezembro.
Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/macri-%C3%A9-eleito-e-p%C3%B5e-fim-a-era-kirchnner-na-argentina-030520205.html