O Trabalho é a Coisa mais Importante do Mundo. Por isso Precisamos Sempre Deixar um Pouco para o dia Seguinte

O TRABALHO É A COISA MAIS IMPORTANTE DO MUNDO. POR ISSO PRECISAMOS SEMPRE DEIXAR UM POUCO PARA O DIA SEGUINTE

Don Herold

No dia 24 de junho de 2000 chamou a atenção um artigo publicado no Jornal da Tarde: ” A agência Dentsu, gigante do mercado publicitário do Japão, assinou sua ‘rendição’ em uma batalha judicial que durou quase 10 anos. A empresa anunciou que pagaria uma indenização de U$ 1,6 milhão para os pais de Ichiro Oshina, funcionário que havia se suicidado em 1991, aos 24 anos, estressado e deprimido pelo excesso de trabalho”.

Na época, os pais do jovem denunciaram que ele passara 17 meses sem um único dia de folga, cumprindo uma jornada semanal de 80 horas. Por vezes, seus turnos iam das 9 às 6 horas da manhã seguinte. O rapaz dormia entre meia hora e duas horas e meia por noite.

O caso de Ichiro se tornou emblemático de um tipo de problema que, pela sua relativa frequência, deu origem a um neologismo – “karoshi” – criado para se referir a alguém que “morreu de tanto trabalhar”.

O advogado da família do jovem morto colheu os frutos da vitória. Ele criou uma linha telefônica especial em seu escritório para atender os casos de “karoshi” e só no primeiro mês recebeu 206 chamadas. O “karoshi” foi reconhecido oficialmente em 1994, quando foram registradas 32 mortes por excesso de trabalho e, em 1998, 90 mortes.

O grande escritor americano Willian Faulkner (1897-1962) disse certa vez: “É triste saber que a única coisa que se pode fazer 8 horas seguidas é trabalhar. Ninguém consegue comer, beber ou fazer amor 8 horas seguidas”.

O vocábulo “trabalhar” deriva do latim “tripaliare”, cujo substantivo “tripalium” era um instrumento de tortura formado por três paus, ao qual eram amarrados os condenados. Portanto não causa admiração a associação do trabalho com tortura ou castigo.

Para alguns o trabalho é uma espécie de maldição bíblica, pois ao cometer o pecado original o homem foi obrigado a “GANHAR A VIDA COM O SUOR DO SEU ROSTO”.

É imperioso analisar e refletir como o homem vem lidando com suas tarefas desde tempos imemoriais.

Trecho do livro “As lembranças que não se apagam”, de Wilson Luiz Sanvito.

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Brasileiro da Bahia que gosta de escrever. Escritor/Jornalista que gosta de abordar o cotidiano do seu ângulo de visão.

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