Por André Koehne
Sete funcionários que integravam o já pequeno quadro funcional da Casa Anísio Teixeira, em Caetité, foram sumariamente demitidos no começo desta semana, segundo informações obtidas junto aos próprios demitidos.
Dentre os que perderam o emprego estão pessoas com mais de 15 anos de serviço, outros estão a 7, 4 anos. A razão para o corte foi a falta de recursos para a manutenção dos mesmos.
Uma das poucas entidades baianas consideradas “Ponto de Cultura”, e portanto destinatária de verbas do Governo do Estado da Bahia, a “Casa” nos últimos tempos vem servindo apenas como mais um espaço físico para encontros. A biblioteca, uma das razões de ser da entidade, há muito vem sofrendo com a falta de obras de referência e desorganização, como se não fosse mais um dos objetivos das suas atividades.
O teatro, um dos pontos fortes que deram maior destaque à entidade, também foi duramente atingido – afinal, sem material humano não se pode levar adiante o ensino desta nobre arte.
Sem motorista, dificilmente a biblioteca-móvel – um dos meios de inclusão cultural – poderá desempenhar o seu papel e é possível que venha a se tornar uma sucata.
Cartão de visita de Caetité, a Casa Anísio Teixeira sofre os reflexos que perpassam todo o país na má gestão cultural. Uma pena que os trabalhadores sejam os primeiros – e principais – vitimados.